O Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais.
Com a convocação de médicos para atuar na atenção básica de municípios com maior vulnerabilidade social e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), o Governo Federal garantirá mais médicos para o Brasil e mais saúde para você.
A iniciativa prevê também a expansão do número de vagas de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.

Raio-x da saúde no Brasil
Pesquisa realizada pelo IPEA, em 2011, com 2.773 entrevistados revelou que 58,1% da população apontou a falta de médicos como o principal problema do SUS. O Brasil possui apenas 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Portugal e Espanha, ambos com 4 por mil. Além disso, o país sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões: 22 estados estão abaixo da média nacional.
Comparação com outros países
PAÍSES |
Médico por 1.000 hab. |
|
PAÍSES |
Médico por 1.000 hab. |
---|---|---|---|---|
Peru |
0,9 |
|
Estados Unidos |
2,4 |
Chile |
1 |
|
Reino Unido |
2,7 |
Paraguai |
1,1* |
|
Austrália |
3 |
Bolívia |
1,2* |
|
Argentina |
3,2* |
Colômbia |
1,4* |
|
Itália |
3,5 |
Equador |
1,7 |
|
Alemanha |
3,6 |
Brasil |
1,8 |
|
Uruguai |
3,7 |
Venezuela |
1,9* |
|
Portugal |
3,9 |
México |
2 |
|
Espanha |
4 |
Canadá |
2 |
|
Cuba |
6,7 |
22 Estados abaixo da média nacional
Fonte: ¹ População IBGE 2012 / ² dados primários CFM 2012 /³ Estudo "Demografia Médica", CFM 2012
Demanda atendida pelo Ministério da Saúde em 2013
No início do ano, o Ministério abriu edital para adesão dos municípios aoPrograma de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que paga R$ 8 mil para que médicos recém-formados trabalhem em Unidades Básicas de Saúde nas regiões mais carentes e bonificação de 10% na prova de residência.
Os municípios solicitaram 13 mil médicos para atuação em 2868 municípios. Porém 55% desses municípios não conseguiram sequer um médico. Dos 2.868 municípios que pediram profissionais pelo Provab, 1.565 municípios não atraíram nenhum.
Mercado de trabalho médico
Segundo pesquisa do IPEA (divulgada em 3/07/13), entre 48 carreiras universitárias, a medicina ocupa o primeiro lugar em ranking melhores salários, jornada de trabalho, taxa de ocupação e cobertura de previdência. Em segundo lugar vem odontologia e terceiro, engenharias.
O salário médio de médicos é R$ 6.940,12, considerando recém-formados. Para quem já está no mercado de trabalho, a média salarial é R$ 8.459,45 (o mais alto entre as carreiras analisadas).
Medicina é a quarta profissão com maior aumento de salário entre 2009/2012 de uma lista de 48 profissões de nível superior, atrás de peritos criminais; profissionais de administração de serviços de segurança; e auditores fiscais da previdência social.
Em 2011, 18.722 médicos entraram no primeiro emprego e 14.634 profissionais estavam saindo da faculdade, ou seja, uma proporção de 1.44 vagas para cada egresso de medicina. Em 1998, 5.451 profissionais estavam entrando no primeiro emprego e 7.705 estavam sendo formados. Uma proporção de 0,71 profissionais por vaga no mercado.
Nos últimos 10 anos, foram criadas 147 mil vagas de emprego e 93.156 médicos se formaram. Essa diferença gerou um déficit de 54 mil postos de trabalho nesse período.
Até 2014, o Ministério da Saúde abrirá mais 35.073 postos de trabalho no SUS e até 2020 serão 43.707, com expansão das unidades Básicas de Saúde, UPAs, Tratamento de Câncer, Crack e Atendimento Domiciliar.

A Equipe ESF Tancredo Neves, do bairro riacho do navio, localizado na cidade de Escada-PE,está de parabéns por mas um evento que foi realizado hoje,no dia 14/04/2015. Alertando e prevenido a comunidade sobre tuberculose, E realizando testes rápido de HIV , prevenções,palestras, e consultas.





ERITEMA INFECCIOSO
Eritema infeccioso, também chamado de quinta doença ou megaloeritema epidêmico, é uma doença exantemática infecciosa, benigna, causada pelo parvovírus humano B19, que afeta mais as crianças e os adolescentes.
O período de incubação varia entre quatro e catorze dias. Os surtos são mais frequentes na primavera.
A enfermidade é transmitida pelo contato com as secreções respiratórias da pessoa infectada ou verticalmente da mãe para o feto durante a gravidez, situação que representa risco de aborto e malformações fetais.
Sintomas
No início, a infecção pode ser assintomática. Se surgirem, os primeiros sintomas são febre baixa, dor de cabeça e no corpo, mal-estar, coceira. Os sinais mais característicos, porém, são a palidez ao redor da boca e as manchas em forma de maculopápulas que deixam as bochechas muito vermelhas, em forma de asa de borboleta ou como se a pessoa tivesse levado uma bofetada.
Depois de um ou dois dias, a erupção se espalha pelo tronco, pernas, braços, extremidades, e desaparece, mas pode recidivar nas áreas expostas à luz solar, com as mudanças bruscas de temperatura, sob estresse ou esforço físico.
Em alguns casos, podem ocorrer dores musculares e nas articulações.
Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta as características da erupção cutânea. Exames de sangue podem ajudar a identificar os níveis de anticorpos para o vírus B19, quando for necessário estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas, como a rubéola e o sarampo.
Tratamento
Como em todas as doenças causadas por vírus, o tratamento inclui repouso e analgésicos, antitérmicos e anti-histamínicos para alívio dos sintomas.
Recomendações
* Não existe vacina contra o eritema infeccioso. Por isso, especialmente mulheres grávidas e pessoas debilitadas devem evitar o contato com os doentes;
* Crianças devem permanecer em casa nos primeiros dias da infecção. Depois, podem voltar ao convívio social, mesmo que as manchas da pele não tenham desaparecido completamente.


DENGUE
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.
Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.
Observação importante: Depois de muitos anos sem registro de nenhum caso de contaminação, o sorotipo 4 voltou a circular em alguns estados do Brasil. Especialmente as crianças e os jovens não desenvolveram imunidade contra ele. Por isso e para evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da Saúde determinou que todos os casos suspeitos de dengue 4 sejam considerados de comunicação compulsória às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.
Sintomas
A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado.
a) Dengue clássica
Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas.
Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. O exantema pode estar presente ou não.
b) Dengue hemorrágica
As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
c) Síndrome do choque associado à dengue
O potencial de risco é evidenciado por uma das seguintes complicações: alterações neurológicas (delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia), sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural. As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
Diagnóstico
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.
Vacina
Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas.
Tratamento
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas.
Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue.
Recomendações
* Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da forma clássica para quadros de maior gravidade;
* A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que aumenta o risco de doença hemorrágica;
* A identificação precoce dos casos de dengue é de importância fundamental para o controle das epidemias;
* Combater os focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença.
